Mestrado em Ciências Biológicas
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Navegando Mestrado em Ciências Biológicas por Orientador(a) "Burger, Eva"
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Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação da atividade anti-inflamatória e antifúngica in vitro e ex vivo da própolis verde brasileira frente a fungos do gênero Paracoccidioides spp.(Universidade Federal de Alfenas, 2024-02-21) Dutra, Julia De Castro; Burger, Eva; Burger, Eva; Santos, Hadassa Cristhina De Azevedo Soares Dos; Dias, Amanda Latércia TranchesA paracoccidioidomicose (PCM), micose sistêmica, granulomatosa, é ocasionada por fungos do gênero Paracoccidioides spp., com duas espécies patogênicas, Paracoccidioides brasiliensis (Pb18) e Paracoccidioides lutzii (Pl), as quais são termicamente dimórficas variando em forma micelial e leveduriforme. A PCM demonstra em seus portadores graves consequências clínicas que requerem opções terapêuticas mais ampliadas, visto que, há números reduzidos de medicamentos e os disponíveis possuem tempo prolongado de tratamento, sendo assim, busca-se um tratamento complementar como uma forma de imunomodular o sistema imunológico. Sabe-se que pacientes com PCM possuem uma resposta imune deficiente frente a microrganismos patogênicos invasores, por este motivo, é proposto uma associação da Própolis Verde Brasileira (PVB), cujo intuito é modular o sistema imune. A própolis vem sendo mencionada na literatura devido suas atividades anti-inflamatórias, antimicrobianas e imunomoduladoras. Objetivo: estudar as propriedades anti-inflamatórias e antifúngicas do extrato da PVB frente ao curso geral da PCM, buscando encontrar uma redução dos níveis de infecção e uma resposta anti-Pb18 e Pl. Metodologia: Inicialmente foram realizados estudos in vitro. O teste de atividade antimicrobiana foi realizado sobre as cepas Pb18 e Pl para avaliar se a PVB apresentou atividade microbicida na concentração de 500 mg/mL. Posteriormente, células esplênicas de baço de camundongos Swiss foram utilizadas para avaliar a citotoxicidade da PVB, na concentração de 500 mg/mL. Em seguida, foram realizados os experimentos ex vivo utilizando a técnica de infecção subcutânea “air-pouch”. Os animais foram infectados com suspensões fúngicas (Pb18 e Pl) a partir da técnica de “air pouch”, espécie de uma bolsa de ar subcutânea, por 10 dias. O tratamento com o extrato de PVB foi realizado nos últimos três dias de infecção. No final do processo as células foram coletadas a partir da bolsa de ar e separadas em sedimento e sobrenadante para a realização dos seguintes testes: quantificação de óxido nítrico, proteínas totais, enzima catalase, peroxidase, dosagem de citocinas, viabilidade celular, quantificação de células e fungos viáveis e atividade fagocítica de PMNs. Resultados: Em resultados in vitro a PVB apresentou atividade antimicrobiana sobre as duas cepas. Na cultura de células esplênicas a concentração de PVB testada não apresentou toxicidade. Ao avaliar se a PVB melhora a capacidade de esplenócitos para a eliminação do fungo, independente da cepa, os resultados do teste com a PVB mostraram-se significativos em relação ao controle. O tratamento em animais aumentou a viabilidade das células imunes, proteínas totais, catalase, peroxidase e produção das citocinas INF-y e IL-12. O tratamento com a PVB também foi capaz de reduzir o número de fungos viáveis, quando comparados aos grupos controle (Pb18 e Pl), além de demonstrar uma maior atividade fagocítica de PMNs. Conclusão: A PVB foi capaz de imunomodular o sistema imune, uma vez que, na população tratada houve maiores níveis de atividade de PMNs, além disso, reduziu o número de fungos viáveis e estimulou a produção de proteínas totais e citocinas ligadas a resposta do tipo Th1. Nesse sentido, a aplicação do extrato da PVB pode ser um fator promissor ao longo do tratamento e desfecho da micose.Item Acesso aberto (Open Access) Efeito da laserterapia de baixa potência na paracoccidioidomicose experimental murina: caracterização do exsudato celular e do perfil de citocinas(Universidade Federal de Alfenas, 2017-04-28) Mendes, Ana Carolina Silvério Cerqueira; Burger, Eva; Mendes, Rinaldo Poncio; Dias, Amanda Latércia TranchesA imunidade inata mostra-se importante na defesa do hospedeiro contra a infecção por fungos, e dentro desse contexto macrófagos e neutrófilos (PMN) desempenham papel central na paracoccidioidomicose. O tratamento desta doença inclui o uso de antifúngicos que, além do prolongado tempo de administração, podem ter diversos efeitos colaterais. A laserterapia de baixa potência (LLLT- low level laser therapy) vem sendo utlizada como tratamento adjuvante para muitas enfermidades, e já foi demonstrado seu efeito ativador em neutrófilos, se fazendo necessário compreender melhor os mecanismos imunológicos envolvidos nesse processo. Neste trabalho avaliamos os efeitos da LLLT aplicada in vivo nas patas traseiras de camundongos, infectados pela via ―air pouch‖ subcutânea com a cepa virulenta do P. brasiliensis Pb18 ou a cepa de baixa virulência Pb265, visando atingir células em formação na medula. Grupos de animais não irradiados foram utilizados como controle. Após 8 dias de infecção as células da ―air pouch‖ foram coletadas e analisadas quanto ao número, concentração proteica, liberação de espécies reativas de oxigênio (ERO), atividade mitocondrial de PMN e perfil de migração e secreção das citocinas (GM-CSF, IFN- γ, IL-12, IL-4, IL-10 e IL-17) pelo exsudato celular. O tratamento de animais com LLLT aumentou a atividade mitocondrial, o conteúdo de proteínas e a liberação de ERO por parte dos PMN e diminuiu a secreção da IL-10 pelas células do exsudato na infecção com a cepa virulenta Pb18. Por sua vez, a infecção com a cepa de baixa virulência Pb265 também levou a um aumento na atividade mitocondrial, mas houve diminuição no conteúdo de proteínas e a liberação de ERO foi semelhante ao controle não irradiado. Não foi observada diferença na secreção das citocinas GM-CSF, IFN-γ, IL-12, IL-4 e IL-17 pelas células do exsudato estimuladas por ambas às cepas. Quanto à migração celular, os PMN constituem o principal tipo celular encontrado no local do inóculo, seguido pelos linfócitos e monócitos. O número de PMN foi diminuído no tratamento com LLLT quando o estímulo foi o Pb18 e aumentado quando foi o Pb265. Para os linfócitos ocorreu o inverso, no grupo estimulado com Pb18 o laser atuou aumentando esse tipo celular, e diminuindo quando o estímulo foi o Pb265. Já para os monócitos não houve alteração quando o estimulo foi o Pb18 e houve uma diminuição quando o estímulo foi o Pb265 no grupo tratado com LLLT. Os resultados sugerem que o tratamento com LLLT confere um potencial fungicida aos neutrófilos e uma maior resolução da infecção causada pela cepa virulenta Pb18.Item Acesso aberto (Open Access) Efeitos da irradiação com laser de baixa potência (LLLT) em neutrófilos maduros cultivados ex vivo e in vitro na infecção experimental por Paracoccidioides brasiliensis.(Universidade Federal de Alfenas, 2021-10-08) Gomes, Bruno José Nascimento; Burger, Eva; Giannini, Maria José Soares Mendes; Coelho, Luiz Felipe LeomilA paracoccidioidomicose (PCM) é uma grave doença granulomatosa sistêmica, endêmica da região latino-americana, causada por fungos termodimórficos do complexo Paracoccidioides brasiliensis e P. lutzii. A imunidade protetora é mediada por macrófagos e citocinas produzidas por linfócitos Th1 e Th17. A PCM é caracterizada pelo infiltrado inflamatório de polimorfonucleares neutrófilos (PMNs), que combatem os fungos via produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e citocinas pró-inflamatórias. Já foi relatado que a estimulação dos PMNs com LASER de baixa potência (LLLT) aumentou a capacidade fungicida dessas células contra Candida albicans e P. brasiliensis. No entanto, ainda não está estabelecido onde e como a LLLT atua. Dentro deste contexto foram avaliadas a geração de espécies oxidantes totais e peroxido de hidrogênio, atividade da enzima catalase, produção de citocinas, geração de proteínas e capacidade fungicida de PMN maduros, oriundos dos exsudatos de bolsa de ar subcutânea de camundongos infectados com a cepa virulenta Pb18 de P. brasiliensis e cultivados ex vivo e in vitro. Os PMNs tratados com LLLT apresentaram maior viabilidade celular, produção de espécies oxidantes totais, H2O2, atividade de catalase e produção de proteínas; assim como, aumento da expressão citocinas pró-inflamatórias e diminuição das anti- inflamatórias. Os PMNs irradiados também apresentaram aumento na capacidade fungicida. Os resultados sugerem que a LLLT pode aumentar o metabolismo dos PMN, tornando essas células mais competentes em sua atividade antifúngica, assim como modular a expressão de citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias.