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Item Embargo Análise da transferência celular adotiva de macrófagos estimulados com BCG no controle do câncer de mama triplo-negativo em modelo murino(2025-02-21) Santos, Joyce Alves dos; Almeida, Patricia Paiva Corsetti de; Santos, Thaís Cristina Ferreira dos; Rabelo, Ana Carolina SilveiraO câncer de mama é uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil e no mundo. Entre seus subtipos, o câncer de mama triplo-negativo (TNBC) tem o pior prognóstico, por ser o mais agressivo e não apresentar três principais receptores (estrogênio, progesterona e HER2) que são os alvos de terapias específicas para o câncer de mama. No microambiente tumoral, há infiltração de células imunes, principalmente macrófagos que desempenham papéis importantes no combate tumoral. Os macrófagos podem ser induzidos a um estado anti-inflamatório pró tumoral (M2), enquanto um fenótipo pró-inflamatório (M1) seria mais importante para o controle do tumor. A BCG (Bacilo Calmette-Guérin) é a única vacina que protege contra tuberculose em humanos e vem sendo estudada no tratamento de alguns tipos de cânceres. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do BCG na estimulação de macrófagos derivados da medula óssea (BMDMs) bem como o efeito in vivo utilizando BMDMs estimulados pelo BCG (BMDM+BCG) no tratamento do câncer de mama triplo negativo (células 4T1). Para isso, BMDMs derivados de camundongos fêmeas da linhagem BALB/c, foram estimulados com BCG ou seus controles e seus sobrenadantes foram coletados para análises de consumo de glicose, produção de lactato, NO e citocinas IL-10 e TNF-α. Ensaio de migração celular foi realizado para análise do efeito do meio condicionado sob as células 4T1. O estímulo com BCG em BMDMs levou ao aumento do consumo de glicose, produção de lactato, óxido nítrico e TNF-α além de impedir parcialmente a migração de células tumorais 4T1. Após análises, os BMDMs estimulados com BCG ou seus controles foram utilizados como tratamento do câncer de mama triplo negativo pela transferência celular adotiva in vivo. Foi realizada a indução do tumor de mama triplo negativo (células 4T1) em camundongos BALB/c e no dia 11 os animais foram tratados em dose única com injeção subcutânea no mesmo local da indução do tumor com: PBS, BMDMs+BCG, apenas BMDMs, BCG ou quimioterápico 5FU (5 Fluorouracil). O tratamento com BMDM+BCG diminuiu a perda de peso, melhorou o consumo de ração dos animais e diminuiu o volume tumoral. Além disso, a análise histopatológica da pele mamária, demonstrou que o tratamento BMDM+BCG levou a redução significativa no acúmulo de células tumorais, semelhante ao encontrado no grupo 5FU, porém, apresentou maior infiltração inflamatória no fígado e pulmão, caracterizando uma resposta inflamatória mais robusta, que apesar de ser eficaz no combate as células cancerosas, pode gerar maior dano tecidual e comprometimento funcional dos órgãos. O tratamento apenas com BCG apresentou menor eficácia na diminuição do volume tumoral em relação ao tratamento com BMDM+BCG e demonstrou menor infiltração inflamatória nos tecidos. É possível concluir que o tratamento com BMDM estimulado com BCG apresenta eficácia no combate ao crescimento tumoral. Contudo, a resposta inflamatória robusta pode prejudicar a integridade dos órgãos, sendo necessários mais estudos para avaliar o tratamento a longo prazo, além de estratégias no controle da resposta inflamatória. Esta abordagem abre caminhos para terapias futuras contra o câncer de mama triplo negativo.Item Acesso aberto (Open Access) Avaliação da resposta imune humoral entre diferentes vacinas para Covid-19 e correlação com dados clínico-epidemiológicos(2025-06-13) Carvalho, Natalino Júlio de; Malaquias, Luiz Cosme Cotta; Rocha, Raissa Prado; Caravita, Julianne GrisoliaA imunidade esterilizante para um vírus como o SARS-CoV-2 é difícil de alcançar, mesmo com vacinas. É esperado que a proteção induzida pela vacinação diminua com o tempo. Neste trabalho, avaliou-se a imunidade humoral induzida por diferentes vacinas contra o SARS-CoV-2 e sua associação com fatores clínicos epidemiológicos. Para avaliação da imunidade humoral foi realizado o teste de ELISA indireto, para detecção de anticorpos contra as proteínas S e N do SARS-CoV-2 e anticorpos neutralizantes por teste rápido fluorescente presentes no soro coletado de 77 participantes. Por meio de um questionário estruturado, foram obtidas informações acerca da idade, gênero, testagem, infecção prévia ao momento da coleta, vacinação (tipo de vacina e regime vacinal) e efeitos adversos. Os resultados mostraram que a média de idade dos participantes foi de 41,62 anos +/- 11,701. Em relação ao gênero, 54 (70,1%) eram mulheres. As plataformas de vacinas utilizadas pelos 77 participantes foram vírus de inativado (Coronavac), tecnologia de RNA mensageiro sintético (Pfizer, monovalente ou bivalente), vacinas de vetores virais (AstraZeneca ou Janssen); com esquema vacinal até o segundo reforço (4ª dose). Foram aplicadas 298 doses (100%), sendo a vacina menos utilizada, a Coronavac, 16 (5,7%), e a mais utilizada a Pfizer, 144 (48,00%). Após a vacinação, 50 (64,9%) participantes relataram efeitos adversos. Em relação à infecção prévia ao momento da coleta, 41 (53,20%) relataram que tiveram COVID-19, enquanto 36 (46,8%) participantes relataram que não tiveram COVID 19. Suspeitando a doença, 62 (80,5%) participantes realizaram testes diagnósticos, sendo que 38 (49,4%) realizaram teste rápido, 22 (26,6%) teste RT-PCR e apenas dois (2,6%) realizaram avaliação clínica. O teste de ELISA indireta para a proteína N resultou 61 (79,2%) participantes positivos, sugerindo a existência de imunidade híbrida. Os testes de ELISA indireta para a proteína S e os rápidos fluorescentes resultaram em 77 (100%) participantes positivos. A resposta imune durou uma média de 9,36 meses no período entre o último reforço e a data da coleta e 23,14 meses no período entre a primeira dose e a data da coleta. Concluímos que todos os participantes apresentam uma resposta imune humoral robusta e duradoura, pois apresentaram no teste de ELISA indireta e teste rápido fluorescente resultado de 100% para anticorpos IgG anti Spike, sendo a amostra considerada reagente para anticorpos neutralizantes.Item Acesso aberto (Open Access) Efeito do fluconazol na infecção paracoccidioidomicótica em modelo experimental murino(2025-04-02) Andrade, Thayana Dutra de; Burger, Eva; Venturini, James; Dias, Amanda Latércia TranchesA paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica e endêmica de característica granulomatosa, causada pelos fungos do complexo Paracoccidioides spp. Há poucos fármacos disponíveis para tratamento desta micose. Tendo isso em vista, foi investigado o efeito da utilização do fármaco Fluconazol (FLC) na PCM. Visando avaliar seus efeitos, foi avaliada a citotoxicidade do FLC frente à Pl e Pb18, empregando ensaios in vitro. A citotoxicidade também foi testada frente a células esplênicas. Na sequência, por meio da infecção subcutânea em air pouch em camundongos swiss, foram obtidas amostras para os experimentos ex vivo. Nos experimentos in vitro, as três doses de FLC demonstraram reduzir o número de fungos viáveis de Pl. As doses também reduziram o número absoluto de Pb18. Para avaliar a capacidade antimicrobiana do fármaco, a técnica de macrodiluição foi realizada utilizando 1, 2 e 3 mg/mL. Nos experimentos ex vivo observou-se que a concentração de FLC de 2 mg/mL estimulou maior migração celular comparado com a de 1 mg/mL, com ambas as cepas fúngicas. Em contrapartida, nos grupos infectados com Pb18 não houve diferença entre os grupos infectados e tratados. Não houve diferença na produção de H2O2 nos grupos infectados por Pl, porém, na infecção por Pb18, a produção foi menor que no grupo controle no grupo tratado com 2 mg/mL. Por outro lado, a dose de 2 mg/mL estimulou a produção de catalase na infecção por Pl. A maior produção de EROS foi obtida empregando tratamento com 2mg/mL de FLC na infecção por Pl e 1 mg/mL na infecção por Pb18. O tratamento com FLC resultou em efeitos diferentes nas duas cepas do fungo: na infecção por Pl estimulou a produção de IL-17, IL-12 e TNF-α e na infecção por Pb18 causou decréscimo da produção de IL-4, IL-17, KC, TNF-α e aumento de IL-1β. Analisados em conjunto, os resultados sugerem que as diferentes doses de FLC, na presença de Pl ou Pb18 estimulam de maneiras diferentes as células da resposta imune. Apesar disso, o fármaco é capaz de gerar estímulo celular com consequente combate aos fungos, demonstrando sua eficácia na paracoccidioidomicose experimental.
